Desde 2011 no Brasil, os triciclos Can-Am Sypder estão cada vez mais cativando o consumidor. Fabricados pela Bombardier, os Spyder têm duas rodas dianteiras, o que lhes confere um alto nível de segurança, muito maior do que uma moto tradicional. A matéria sobre esses belos triciclos foi originada pela compra de um deles pela leitora do Blog, Cida Segat, que acabou de realizar seu sonho de consumo.
A idéia de fabricar veículos com três rodas vem do início da indústria automobilística. Era um triciclo um dos primeiros carros da história, construído pelo engenheiro alemão Karl Benz em 1885. Apesar disso, os carros de três rodas nunca se popularizaram. Com motor e tração nas duas rodas traseiras, eles se inclinavam e deslizavam com facilidade. Agora, triciclos de luxo e com boa estabilidade viraram objeto de desejo de quem não se importa em chamar atenção ao rodar pelas ruas.
Feito para quem quer experimentar uma nova forma de pilotar ou simplesmente para quem quer convencer a esposa (ou namorada) a subir na garupa e viajar, o Spyder RS-S traz diversos controles eletrônicos para evitar acidentes: controle de estabilidade, para evitar capotagens ou trajetórias erradas em curvas; controle de tração para evitar derrapagens na roda traseira; e eficientes freios a disco com sistema ABS acionados por um pedal, mas que atuam nas três rodas.
Assista o vídeo:
http://youtu.be/xpOr3CEpWag
Dirigir, ou pilotar, como queiram, um Spyder não é coisa simples assim, o dono desse brinquedo precisa de umas aulas para aprender a mexer com a toda a eletrônica e a da máquina e evitar algum dissabor, não obstante a alta segurança que oferece.
Por exemplo, ao girar a chave, uma mensagem de segurança na tela de LCD exige que você pressione a tecla “mode”, localizada no painel ou no punho esquerdo. Só então é possível dar a partida no motor. Mas ainda não é possível sair: antes é preciso soltar com o pé o freio de estacionamento, localizado atrás da pedaleira esquerda.
A partir daí, tem de engatar a marcha no câmbio seqüencial de cinco velocidades e acelerar. Não com muito ímpeto, pois o motor Rotax de dois cilindros em “V” e 998 cc tem torque de sobra! E nem todo o aparato eletrônico evita uma cantada de pneu, caso o piloto exagere na dose ao girar o acelerador. O pneu traseiro canta e deixa uma marca de borracha no asfalto em arrancadas mais ousadas. Algo um pouco perigoso, mas vale dizer, bem divertido.
As trocas de marchas no câmbio seqüencial são feitas por botões no punho esquerdo: não há embreagem, mas o câmbio não é automático, o piloto precisa subir as marchas. Na hora de reduzir, pode relaxar. Conforme a velocidade diminui ou os freios são acionados, o sistema reduz para uma marcha adequada – até chegar a primeira em caso de parada. As trocas são suaves desde que feitas nas rotações adequadas. Caso tente esticar demais as marchas ou reduzir bruscamente, o câmbio dá trancos. Há ainda marcha ré para se manobrar os 317 kg a seco e os mais de 2,6 metros de comprimento.
Embora aparente ser muito estável, o Spyder é arisco demais nas mudanças de direção. Aqui vale ressaltar a inexperiência com triciclos: nos primeiros quilômetros há tendência a mexer demais o guidão e as respostas no trem dianteiro são instantâneas e chegam a assustar no início, mesmo em retas. Com o passar do tempo, o piloto percebe que tem de ser um pouco mais suave no guidão do Spyder.
Com 107 cavalos de potência máxima declarada (a 8500 rpm), motor Rotax com injeção eletrônica V2 demonstra bastante vigor e mantém com facilidade 130 km/h. A aceleração, quando se reduz uma marcha, também chama atenção. O torque de 10,6 kgfm a 6.250 rpm leva em poucos segundos o veículo a 150, 160 km/h. A velocidade máxima ficou em 190 km/h. Mais que suficiente para se viajar com segurança. Já o consumo se assemelhou a de um automóvel: em torno de 12,5 km/l – o tanque tem capacidade para 27 litros.
O sistema corta a ignição do motor, a velocidade diminui e é possível retomar o controle do triciclo. De série em todas as versões, a tecnologia embarcada me pareceu fundamental para que qualquer um possa pilotar o Spyder. Caso não houvesse tal sistema, a pilotagem, principalmente em curvas, exigiria certa destreza do piloto.
Nem carro e nem moto, o triciclo Can-Am Spyder parece sofrer com certa crise de identidade. Para pilotá-lo, no Brasil, é necessário carteira de habilitação categoria “A”, ou seja, para motocicletas. A lei – e o bom senso também – exige então o uso de capacete. Porém, na hora de passar o pedágio em rodovias, o veículo é tributado como automóvel de passeio. Com seu design inusitado em forma de “Y”, a própria BRP (a divisão de produtos recreativos da Bombardier) evita chamá-lo de triciclo, prefere a nomenclatura roadster.
O Spyder sofre ainda com certo preconceito. Rodei cerca de 300 km e encontrei alguns motociclistas em paradas e postos de combustível. A maioria diz que o Spyder é feito para quem tem medo de moto. Porém, não concordo plenamente com a ideia. Pois a pilotagem não é assim das mais simples: exige certa familiaridade com guidões.
A proposta do Spyder é ser um veículo diferente para viajar: conta até com um pequeno porta-malas na dianteira. Com isso em mente, ponto negativo para o pequeno para brisa da versão RS-S. Na estrada, o vento incomoda demais e faz muito barulho. Se você optar por essa versão, reserve algum dinheiro para investir em um para-brisa maior na vasta lista de opcionais do modelo.
Imponente e chamativo, o Can-Am Spyder RS-S, versão mais esportiva e top de linha da família RS, custa praticamente o mesmo que uma moto esportiva: R$ 63.900 (sem frete).
Especificações técnicas
Potência: 106 cv a 8.500 rpm.
Motor: Dois cilindros em V, 998 cm³, 8 válvulas, DOHC, arrefecimento líquido.
Torque: 10,6 kgfm a 6.250 rpm.
Alimentação: Injeção eletrônica de combustível.
Câmbio: Cinco marchas, automático sequencial com ré. Transmissão final por correia.
Suspensão: Dianteira em duplo A com barra anti-torção (145 mm de curso); traseira por balança monoamortecida com (145 mm de curso ajustável na pré-carga).
Freios: Dianteiros por disco flutuante de 260 mm e pinça de quatro pistões; traseiro com disco de 260 mm com pinça de pistão simples.
Pneus: 165/65-R14 (dianteiros); 225/50-R15 (traseiro).
Chassis: SST Spyder.
Dimensões: 2.667 mm x 1.506 mm x 1.145 mm (C X L X A); 1.727 mm (entre-eixos); 737 mm (altura do assento); 115 mm (distância do solo).
Peso: 317 kg (a seco)
Preço: R$ 63.900 (sem frete)
Cores: Laranja e preto/ Grafite e preto
Os novos modelos apareceram no ano passado nos Estados Unidos e na Europa. O primeiro foi uma motoneta fabricada pela Piaggio, a criadora da Vespa, com duas pequenas rodas na frente. Depois vieram triciclos tão potentes quanto as motocicletas mais caras.
O Spyder, produzido pela canadense Bombardier e recém-lançado no Brasil, chega a 200 quilômetros por hora, custa R$ 73.700. O T-Rex, de outra empresa canadense, a Campagna Motors, tem motor da japonesa Kawasaki e atinge a velocidade máxima de 220 quilômetros por hora.
Ao contrário dos triciclos antigos, os da nova geração têm duas rodas na dianteira. Isso é uma grande vantagem nas esburacadas ruas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, 57% dos pagamentos do seguro obrigatório de veículos foram motivados por acidentes envolvendo motociclistas e seus passageiros.
Com quase a mesma potência das motos e muito mais estáveis, esses veículos atraem quem quer sentir o vento no rosto sem temer pela segurança. "Nosso público mais comum, nos Estados Unidos e na Europa, são homens na faixa de 50 a 60 anos que gostam de motos clássicas", diz o canadense René Lessard, gerente da Campagna Motors. No Brasil, o perfil dos clientes é o mesmo. "Já vendemos cinqüenta modelos, a maioria deles para quem já teve moto e não quer correr o risco de se machucar", afirma Alexandre Prado, representante da Bombardier no Brasil.
Com exceção dos freios, acionados pelo pé, os controles do Spyder são como os da moto. A aceleração, a embreagem e a buzina possuem acionamento manual. Já o modelo V13R tem volante como o dos carros e os dois assentos são posicionados lado a lado. No Brasil, quem anda numa máquina dessas precisa usar capacete e ter carteira de motorista para motos. A maior diferença do triciclo com relação às motos é mesmo o alarde que ele causa nas ruas. Diz o canadense Lessard: "Quem não quer virar alvo de fotografias nas ruas não deve comprar um triciclo desses".
Modelos e preços
Ano - Modelo | Modelo | Marca | Código Fipe | Preço | Mês |
Zero KM a Gasolina | can-am Spyder 990 RS | BRP | 864001-7 | R$ 61.450,00 | Agosto/2012 |
2010 Gasolina | can-am Spyder 990 RS | BRP | 864001-7 | R$ 49.411,00 | Agosto/2012 |
2009 Gasolina | can-am Spyder 990 RS | BRP | 864001-7 | R$ 44.860,00 | Agosto/2012 |
2008 Gasolina | can-am Spyder 990 RS | BRP | 864001-7 | R$ 41.914,00 | Agosto/2012 |
2011 Gasolina | can-am Spyder 990 RS | BRP | 864001-7 | R$ 55.038,00 | Agosto/2012 |
Mais modelos e preços publicados no Mercado Livre, que podem dar uma ideia melhor sobre o triciclo:
Bombardier Triciclo SpyderRss Can Am Okm Spyder Rss Tiptronic
- R$ 59.999
- 2011 | 0 Km
- São Paulo
- Tel: 78721392
Bombardier Rss Se5 Semi-automática
- R$ 59.990
- 2011 | 0 Km
- Concessionária - Paraná
- Tel: (043) 31741515
Bombardier Spyder Roadster Rs Sm5
- R$ 51.000
- 2010 | 1.352 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Triciclo SpyderRoadster Rss
- R$ 63.900
- 2012 | 0 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Spyder Roadster Rts Se5
- R$ 81.900
- 2011 | 0 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Spyder Roadster Rss Se5
- R$ 61.990
- 2011 | 0 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Spyder Roadster Rss Se5
- R$ 61.990
- 2011 | 0 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Can Am SpyderRt-s Top De Linha Bombardier 2011 Spyder Rt-s Top De Linha Bombardier Cinza
- R$ 74.999
- 2011 | 0 Km
- Acre
- Tel: (11) 78721392
Bombardier Spyder Roadster Rss Se5
- R$ 51.990
- 2010 | 6.239 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
Bombardier Spyder Roadster Rs Se5
- R$ 59.990
- 2010 | 0 Km
- Concessionária - São Paulo
- Tel: (19) 33247525
MEU AMIGO ARNALDO...
ResponderExcluirPARABÉNS...
AMEI A TUA REPORTAGEM...PERFEITO !!!
VOCÊ CONSEGUIU EXPLANAR DETALHES IMPORTANTES,
QUE MESMO A CONCESSIONÁRIA NÃO HAVIA COMENTADO.
AGORA SÓ VOU FICAR AGUARDANDO COM ANSIENDADE CHEGAR O MEU...
DEPOIS EU TE CONTO EM DETALHES, O DESEMPENHO DESTA MÁQUINA MARAVILHOSA...MEU SONHO!!!
MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO...
CIDA SEGAT
Cida, obrigado pelo comentário e desejo que receba logo seu triciclo. Abraço.
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