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domingo, 21 de outubro de 2012

UM CHEVROLET IMPALA, QUASE ZERO KM, NUMA GARAGEM LACRADA MAIS DE 40 ANOS POR CAUSA DE UMA DESILUSÃO AMOROSA. O CARRO FOI RESGATADO PELA FILHA DO DONO QUE COMPROU O IMPALA PARA IMPRESSIONAR A MOÇA POR QUEM SE APAIXONOU. O HOMEM MORREU HÁ ALGUNS MESES... SOLTEIRO

Já lavado, o Impala tem a pintura original brilhando como se tivesse deixado a concessionária agora
Meio mundo ou quase mundo e meio deste planeta já experimentou cativar a pessoa por quem se apaixonou. Muitos sofreram desilusões amorosas, como o bem sucedido comerciante mineiro, Hélio Alves Guimarães, de Ituiutaba, que, na década de 60, do século passado, já quarentão, comprou um belo automóvel Chevrolet Impala  hardtop cupê, importado dos Estados Unidos, placa 59-51-90, usada desde 1951, para cativar a mulher amada.


Afinal, automóveis sempre foram objeto de desejo e símbolo de status. Hélio comprou o carro e namorou a bela moça, até que ela se encantou por outro.  


A forração dos bancos está absolutamente nova
Hélio que nasceu de uma família pobre, estudou com dificuldade tornou-se um comerciante bem sucedido e fundou a Rádio Platina, de Itatuitaba, uma cidade de 129 mil habitantes, no Triângulo mineiro.


O Impala coberto de poeira ainda dentro da garagem onde ficou quase 50 anos.
A desilusão do dono do Impala que havia comprado o carro para impressionar a menina foi tamanha que ele decidiu encarcerar o carro na garagem e lacrar a porta. No entanto, Hélio não abriu mão de andar de carro. Ele tinha outros dois carros, um Simca e um fusca que usava normalmente.


Já sem a poeira que o cobria, o Impala foi levado para a oficina num caminhão-guincho

Em vez de usar o carro para conquistar outra namorada, Hélio nunca mais usou o carro, não deixava ninguém vê-lo e recusava-se a falar do assunto. O carro fechado na garagem representava o amor reprimido que fazia seu coração sangrar. A filha de Hélio, porém, não tem certeza de que essa teria sido a razão do encarceramento do carro.


Contam os mais velhos que Hélio Alves não gostava de falar do assunto nem falar sobre o carro guardado. O Impala, que está com 34.499 km rodados, tem sob o capô um motor 230 (3,8 litros) de seis cilindros e 140 cv e tem câmbio manual de três marchas, na coluna de direção. 


Hélio Guimarães, que levava uma vida solitária, morreu há poucos meses, aos 91 anos, doente e solteiro. Ele levava uma vida solitária. 



Alguns anos depois da desilusão amorosa, Hélio conheceu uma mulher com quem manteve um relacionamento de que nasceu uma filha que só anos mais tarde reconheceu como sua filha. 



Na semana passada, a filha de Hélio depois de mais quase 50 anos fechada, decidiu abrir a garagem e tirar o carro, coberto de poeira. Depois de lavado o Impala ali estava, zero km, novo, de pintura brilhando, perfeitamente conservado, impecável como se tivesse saído da concessionária. 

A herdeira da relíquia contratou um reboque, para levar o carro para a oficina, pois, o motor, naturalmente, depois de quase meio século parado, obviamente não funcionou. Na volta da oficina, o Impala voltou para outra garagem funcionando como um relógio suíço.

A interessante história foi enviada por Wilma Gusso, proprietária de um laboratório, em Ituiutaba, perto da garagem, que assistiu à operação de resgate do Impala e ajudou a empurrar o carro na manobra para sua colocação sobre o caminhão-guincho. Wilma conta que a filha de Hélio decidiu ficar com o belo Impala e já recusou ofertas de R$ 80 mil e R$ 100 mil pela relíquia.



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