Por Renato Pereira*
Os primeiros modelos Hatchback fabricados no Brasil foram o Fiat 147, em 1976, o Volkswagen Gol e o Chevrolet Chevette, em 1980 e, em 1983, a Ford apresentou o Escort.
Cada um com sua missão – a Fiat tentando abrir as portas no País, com um modelo revolucionário para nossos padrões, a Volkswagen querendo criar o substituto do Fusca com a mesma mecânica e a Chevrolet querendo ficar de fora da briga – o que se viu, verdade seja dita, foi um show de design muito feio.
O 147 era muito esquisito, o Gol estranhíssimo e o Chevette a imagem da adaptação mal bolada.
A Ford, ao esperar mais um pouco, trouxe um carro bonito (para os padrões da época), bem motorizado e foi um sucesso.
Hoje, 37 anos após vermos o primeiro Hatchback nas ruas, a disputa pelo segmento é acirrada.
São nada menos do que 16 montadoras, oriundas de seis países (incluindo-se o Brasil), oferecendo 30 modelos e um sem-fim de versões.
Uma das coisas que não mudou em todo esse tempo foi a forma de classificar incorretamente um modelo dentro de seu grupo, apresentando o modelo simplesmente como Hatch, e isso é de uma falta de inteligência do marketing das empresas que chega a doer, porque alocam um modelo com “motor de dentista” para disputar mercado com um “canhão” e, ora vamos, só pode dar errado, e os dados a seguir, bem como os demonstrados no quadro, apontam diretamente para isso!
Talvez esse pessoal ainda não saiba, mas existem as definições Hatch Mini, Hatch Sub-Compacto, Hatch Compacto, Hatch Médio e Hatch Grande.
O mercado está aquecido, porém, salvo raríssimas exceções, nenhuma montadora conseguiu superar seu próprio volume de vendas registrado, em janeiro de 2013.
O Volkswagen Gol (todas as versões juntas) lidera com folga o ranking de vendas. Ao longo destes quatro meses, foram 78.862 unidades comercializadas.
A Fiat veio logo atrás, garantindo o segundo lugar com o Uno vendendo 61.385 unidades e com o Pálio em terceiro lugar, somando 61.185 emplacamentos, é a montadora líder do setor, com volume total de 122.570 Hatch compactos comercializados.
A quarta colocação é ocupada pelo Hyundai HB20, que vem crescendo sistematicamente sua posição de mercado, com 43.864 unidades, logo a frente do Chevrolet Onix, quinto Hatch Compacto mais vendido no período, com 38.597 emplacamentos.
O nono Hatch Compacto mais vendido foi o Renault Sandero, com 26.682 unidades.
Do 14° ao 30° lugar do ranking, nenhum outro modelo – e destes apenas três são nacionais, o restante sendo importados da Argentina, México, Coréia do Sul, França e China – conseguiu atingir a marca de 10.000 unidades vendidas.
No total, entre janeiro e abril foram comercializados 504.980 veículos desta categoria, como demonstra o quadro ilustrativo completo.
Deve ser bastante difícil justificar vendas tão insignificantes que, não fossem aportes financeiros incalculáveis para nós, mortais, por parte de suas matrizes, já teriam determinado o fechamento de suas portas.
Hatchback mini/pequeno,
segmento disputado,
esquenta o mercado
Todo mundo sabe, mas não custa lembrar: Hatchback é aquele tipo de carro com três ou cinco portas em que a traseira acaba abruptamente, como se alguém passasse um sedan em uma guilhotina imediatamente atrás das rodas traseiras, estilo muito ao gosto europeu, que conquistou a Ásia, ainda não é o modelo ideal norte-americano e demorou para cair nas graças do consumidor brasileiro.
Os primeiros modelos Hatchback fabricados no Brasil foram o Fiat 147, em 1976, o Volkswagen Gol e o Chevrolet Chevette, em 1980 e, em 1983, a Ford apresentou o Escort.
Cada um com sua missão – a Fiat tentando abrir as portas no País, com um modelo revolucionário para nossos padrões, a Volkswagen querendo criar o substituto do Fusca com a mesma mecânica e a Chevrolet querendo ficar de fora da briga – o que se viu, verdade seja dita, foi um show de design muito feio.
O 147 era muito esquisito, o Gol estranhíssimo e o Chevette a imagem da adaptação mal bolada.
A Ford, ao esperar mais um pouco, trouxe um carro bonito (para os padrões da época), bem motorizado e foi um sucesso.
Hoje, 37 anos após vermos o primeiro Hatchback nas ruas, a disputa pelo segmento é acirrada.
São nada menos do que 16 montadoras, oriundas de seis países (incluindo-se o Brasil), oferecendo 30 modelos e um sem-fim de versões.
Uma das coisas que não mudou em todo esse tempo foi a forma de classificar incorretamente um modelo dentro de seu grupo, apresentando o modelo simplesmente como Hatch, e isso é de uma falta de inteligência do marketing das empresas que chega a doer, porque alocam um modelo com “motor de dentista” para disputar mercado com um “canhão” e, ora vamos, só pode dar errado, e os dados a seguir, bem como os demonstrados no quadro, apontam diretamente para isso!
Como saber quem é quem? Simples, né? Dimensões, volume e capacidade de carga e potencia do motor. Simples assim.
O mercado está aquecido, porém, salvo raríssimas exceções, nenhuma montadora conseguiu superar seu próprio volume de vendas registrado, em janeiro de 2013.
Vamos analisar as variações de mercado destes primeiros quatro meses, modelo por modelo – sem separar por versão – e saber então quem mais cresceu, quem estacionou e quem está em queda nas vendas no segmento Hatchback Compacto, que tem maior representação no cenário.
O Volkswagen Gol (todas as versões juntas) lidera com folga o ranking de vendas. Ao longo destes quatro meses, foram 78.862 unidades comercializadas.
A Fiat veio logo atrás, garantindo o segundo lugar com o Uno vendendo 61.385 unidades e com o Pálio em terceiro lugar, somando 61.185 emplacamentos, é a montadora líder do setor, com volume total de 122.570 Hatch compactos comercializados.
Se somarmos os 15.395 Punto vendidos, modelo que ocupa a décima colocação no ranking, chegaremos a marca de 137.965 unidades Fiat que entraram no mercado em quatro meses.
A quarta colocação é ocupada pelo Hyundai HB20, que vem crescendo sistematicamente sua posição de mercado, com 43.864 unidades, logo a frente do Chevrolet Onix, quinto Hatch Compacto mais vendido no período, com 38.597 emplacamentos.
A Volkswagen reaparece, agora com a sexta colocação, ao comercializar 38.126 unidades do Fox, atingindo a marca de 116.988 vendas, enquanto o Ford Fiesta, sétimo colocado, busca sua reabilitação, somando 31.059 emplacamentos, pouco a frente do Chevrolet Celta, oitavo mais vendido com 27.689 unidades. Somados, os dois modelos Chevrolet (66.2820) ficaram a 6.576 vendas abaixo apenas do Volkswagen Gol.
O nono Hatch Compacto mais vendido foi o Renault Sandero, com 26.682 unidades.
O Ford Ka garantiu um 11° lugar, emplacando 13.641 unidades, logo a frente do Citroën C3 com 12.065 vendas em décimo segundo lugar e o Toyota Etios em décimo terceiro, acumulando 10.748 unidades comercializadas.
Do 14° ao 30° lugar do ranking, nenhum outro modelo – e destes apenas três são nacionais, o restante sendo importados da Argentina, México, Coréia do Sul, França e China – conseguiu atingir a marca de 10.000 unidades vendidas.
No total, entre janeiro e abril foram comercializados 504.980 veículos desta categoria, como demonstra o quadro ilustrativo completo.
Modelos com mecânica ultrapassada ou tecnologia desatualizada, que ganham uma nova maquiagem, mantém-se em patamares elevados de comercialização, acomodados na fama da montadora ou tempo de mercado, enquanto modelos modernos, carregados de equipamentos e tecnologia de ponta embarcada não “decolam”, e não posso culpar ninguém que não sejam as próprias montadoras, que estão errando sistematicamente nas escolhas dos modelos a serem produzidos ou importados, e deixando de lado um estudo correto e aprofundado de mercado.
Deve ser bastante difícil justificar vendas tão insignificantes que, não fossem aportes financeiros incalculáveis para nós, mortais, por parte de suas matrizes, já teriam determinado o fechamento de suas portas.
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