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quinta-feira, 2 de maio de 2013

VOCÊ GOSTARIA DE TER UM CARRO ELÉTRICO, SILENCIOSO QUE NÃO POLUI O AR? ACREDITO QUE A RESPOSTA DA MAIORIA SERÁ UM SONORO SIM. ESSES VEÍCULOS SÃO SEM DÚVIDA O FUTURO DOS TRANSPORTES NO MUNDO. O GOVERNO DO BRASIL, AO CONTRÁRIO DE DIVERSOS PAÍSES EUROPEUS E DA ÁSIA, NÃO ANDA NEM DESANDA, ENQUANTO CIDADES COMO PARIS, LISBOA, TOKIO OS POSTOS DE CARGA DAS BATERIAS DESSES CARROS JÁ FAZEM PARTE DO AMBIENTE URBANO. NO CONGRESSO NACIONAL HÁ PROJETOS DE LEI TRAMITANDO, MAS QUANDO SERÃO APROVADOS... NINGUÉM SABE

À beira do Rio Sena, em Paris, perto da igreja de Notre Däme, há cinco postos de carga de baterias para carros elétricos. (Foto:Arnaldo Moreira)
Por Arnaldo Moreira

Que o futuro do transporte no mundo é o veículo elétrico, silencioso, não poluidor, ninguém duvida e diversos países já entenderam isso, mas outros, como o Brasil, embora reconheçam essa realidade, não se empenham para que os carros elétricos  substituam aos poucos os movidos a combustíveis fósseis.

Em Paris e Londres, encontrei, em janeiro deste ano, totens de abastecimento de carros elétricos  espalhados pelas cidades, assim como em Lisboa. Na Europa, essa é uma nova paisagem que já faz parte dos equipamentos urbanos das grandes cidades. 



No Japão e nos Estados Unidos carros elétricos já disputam o espaço nas ruas. 
Na Califórnia, a Fiat decidiu apostar na venda do seu simpático Cinquecento elétrico, o 500 E. 



A Smart - subsidiária da alemã Mercedes-Benz - aposta na venda massiva do  Smart Fortwoo Eletric Drive na China, onde pretende inundar o mercado com o pequeno e simpático carrinho, que vende muito bem na Europa, principalmente, na Alemanha.

Neste mês de maio, a Fiat vai vender o modelo pelo sistema de leasing por U$ 500 a menos do preço da versão 500 Pop e U$ 200 da 500 Lounge. A bateria dá para rodar 140 km e o sistema de navegação indica os lugares dos postos de recarga.

No Brasil, carro elétrico é ainda coisa quase de ficção, embora as montadoras já tenham esses veículos à venda, porém, por preços  elevados que afastam e assustam os compradores. Hoje, há menos de 100 carros elétricos emplacados e a maioria de empresas.

A legislação brasileira iguala os carros elétricos aos esportivos de alto luxo e performance, como um Ferrari V12, o que é um verdadeiro absurdo. 

Só o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobrecarrega os carros elétricos em 25% agravado com 11,6% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)  desproporcional ao interesse ambiental que o próprio governo tanto apregoa.

Os carros elétricos sofrem ainda a incidência do ICMS que, dependendo do estado varia entre 18% e 19% e ainda há o famoso o IPVA, que sete estados já isentaram, mas que nos restantes pode chegar a 18%.

Veja os impostos cobrados sobre os carros elétricos e híbridos:
35% de imposto de importação;
55% de IPI;
13% de PIS/COFINS;
12% à 18% de ICMS, dependendo do estado.

A soma desses impostos chega a quase 120% e piora com o pagamento do IPVA e do seguro  pois a alíquota de cálculo é a de carro importado de luxo. 


Um Toyota Prius que custa no Brasil a partir de R$ 121.000,00, nos Estados Unidos tem preço de U$ 26.650 (site Toyota.com), R$ 52.000,00. 

(Foto:Arnaldo Moreira)

E o luxuoso híbrido Ford Fusion custa em torno de R$ 160 mil. 



Algumas empresas já usam, mas ainda timidamente, carros elétricos em suas frotas e nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, há já táxis elétricos, Nissan Leaf, em teste, mas apenas dois no Rio e dois na capital paulista. 



A Mitsubishi, disponibilizou sete carros modelo MiEV, lançado no Japão em 2009, e exportado para vários países a partir de 2010, para empresas brasileiras, dois deles estão em teste, no Rio de Janeiro, com a Light, que trabalha na implementação do sistema inteligente smart grid.



Recentemente, para atender, principalmente, os dois táxis elétricos que circulam no Rio de Janeiro e servem aos passageiros que desembarcam no Aeroporto Santos Dumont, a Petrobras inaugurou em um de seus postos de abastecimento da sua bandeira pontos de recarga para carros elétricos.


(Foto:Arnaldo Moreira)

Deparei-me, numa visita, em março deste ano, à Barragem de Itaipu, em Foz do Iguaçu, com um Fiat Weekend elétrico exposto ao público e outros de serviço circulando. Segundo o motorista de um deles, o carro funciona muito bem.


As marcas Ford, Fiat, Toyota, Renault, Smart, Mitsubishi, Peugeot, Nissan, General Motors que já fabricam carros elétricos vêm pressionando o governo brasileiro para que crie leis e normas de uso do carros elétricos e híbridos no País que privilegiem, naturalmente, o incentivo à sua aquisição.

O volume de vendas de veículos elétricos e híbridos no mundo, principalmente, na Inglaterra, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Japão, China, Coréia do Sul, Canadá, Índia, Austrália, Israel entre outros que investem fortemente já chega a cinco milhões, volume muito superior aos 3,8 milhões de carros vendidos no nosso País, , em 2012.

Só nos Estados Unidos, a Renault-Nissan vendeu, em 2012, cerca de 487.480, um aumento de 58,3%, em relação a 2011. No mundo, a marca registrou uma elevação das vendas de 83,8%, o que mostra o interesse das pessoas pelos carros elétricos e híbridos.

Um Projeto de Lei do Deputado Ângelo Agnolin (PDT-TO), que v
isa reorientar o regime automotivo brasileiro se aprovado regulamentará a produção de carros híbridos e elétricos no Brasil.

O parlamentar pretende desonerar 
os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor elétrico ou híbridos da incidência dos impostos federais IPI, PIS/Pasep e Confins. 


Com menos impostos incidindo sobre os carros, o Brasil atrairá investimentos para produção de veículos elétricos, criando um grande número de novos empregos e captando um significativo número de empresas para o Brasil.

Um comentário:

  1. Não há dúvida quanto aos benefícios ambientais de um carro elétrico. E no Brasil, eu me pergunto porque ainda não há nenhuma política pública de incentivo para que as fabricantes produzam veículos elétricos por aqui e redução da carga fiscal, o que faria com que as pessoas começassem a pensar na possibilidade de comprar um carro elétrico. Consequentemente, como o Arnaldo disse, geraria empregos. No Japão virou febre, de cada 10 veículos vendidos, um é híbrido. Nesta estrada o Brasil está na contramão dessa evolução.

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