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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

EMPLACAMENTOS DE VEÍCULOS BATEM RECORDE, EM AGOSTO. FENABRAVE REVÊ PROJEÇÕES PREVENDO CRESCIMENTODE MAIS DE 8% PARA AUTOMÓVEIS E COMERCAIS LEVES


Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave

Considerando todos os segmentos somados, o setor de veículos cresceu 11,52% em agosto, se comparado a julho. Foram emplacadas 580.843 unidades no oitavo mês de 2012, contra 520.852 no anterior. 
Automóveis e comerciais leves foram os segmentos de maior destaque, atingindo crescimento de 15,40% entre julho e agosto; chegando a 31,76% de aumento no comparativo entre agosto de 2011 e 2012; e a 6,97% no acumulado entre os dois períodos.

Apesar da recuperação em agosto, os setores de caminhões e motos continuam amargando quedas no acumulado, como reflexo da baixa atividade econômica e da falta de crédito, respectivamente
.


A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que representa cerca de 7 mil concessionários de veículos no Brasil, revelou que após as medidas de incentivo adotadas pelo governo, em maio, o número de emplacamentos cresceu nos últimos meses e, em agosto, foi registrado recorde em automóveis e comerciais leves. Isso demonstra que a desoneração fiscal e de custos dos financiamentos impactou, favoravelmente, no setor, avaliou o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.

Antes das medidas, o setor estava em queda e previa retração de 0,4% para o ano. “Devido às medidas adotadas em maio, e mantidas pelo governo até o final de outubro, os segmentos de automóveis e comerciais leves agora devem apresentar crescimento superior a 8% este ano”, comemora Meneghetti, que complementa afirmando que o índices de aprovação cadastral para financiamentos têm se mantido na média entre 50% a 60% entre os bancos. 

O presidente da Fenabrave também reforçou a importância do ingresso de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil na oferta de crédito para o setor o que, segundo ele, “fez com que os outros bancos se movimentassem no mesmo sentido”. Na avaliação de Meneghetti, também a inadimplência do setor, que ainda se mantém alta (6,4%), deve arrefecer até o final do ano, devido ao que chamou de “uma melhor qualidade de crédito ofertado”.

Segmentos em baixa

Durante a coletiva concedida à imprensa, o Presidente da Fenabrave chamou a atenção para segmentos que estão em crise no setor automotivo, como o de motos, caminhões e veículos usados.”Os veículos usados, que são igualmente importantes para o setor e para a economia, estão sofrendo muito com a falta de crédito. Atualmente, o índice de aprovação de fichas está entre 20% a 30% neste setor, o que não atende à demanda”, alertou Meneghetti.

Situação ainda mais dramática vive o setor de motos, cujo índice de aprovação cadastral para financiamentos está em apenas 15%. Como reflexo, empresas ligadas a ambos os segmentos estão fechando as portas e comprometendo, também, o nível de empregos. 

“A entidade que representa veículos usados já afirmou que cerca de 9 mil empresas já tiveram as atividades encerradas, o que pode significar um universo entre 30.000 a 40.000 desempregos. Da mesma forma, existem centenas de concessionárias de motocicletas em situação de extrema dificuldade”, enfatiza o presidente da Fenabrave.

Para recuperar esses segmentos, a Fenabrave já encaminhou pedido ao Governo solicitando medidas semelhantes às que beneficiaram os automóveis e comerciais leves. “Pedimos a liberação adicional de compulsórios para tornar o custo dos bancos menor para assim, reduzir o custo do funding e, consequentemente, dos juros e das parcelas mensais. 

Para motos, especialmente, também pleiteamos a redução do IOF nas transações bancárias dos financiamentos”, explicou Alarico Assumpção Júnior, presidente executivo da Fenabrave.Já o setor de caminhões ainda sofre em função da retração da atividade econômica e com a antecipação de compra, em 2011, de caminhões com tecnologia EURO3. 

No entanto, Assumpção afirma que, “com a redução das taxas do BNDES, que passaram de 5,5% para 2,5% para o PSI 4, que inclui o Programa Pró-Caminhoneiro, o mercado deve melhorar, mas o setor ainda deve amargar queda acentuada este ano”.

Novas Projeções
Por conta do atual cenário, a Fenabrave refez suas projeções para o desempenho dos emplacamentos do setor de veículos em 2012. 

 Para automóveis e comerciais leves, espera-se aumento de 8,05% nos emplacamentos na comparação com 2011, totalizando 3.701.235 unidades (a previsão anterior era de queda de 0,40%).

• O setor de caminhões deverá contabilizar 139.853 mil unidades até dezembro, com queda de 19% (previsão anterior previa queda de 6,93%), enquanto o segmento de ônibus deverá crescer 8%, com emplacamento de 37.529 mil unidades (a previsão anterior era de aumento de 16,87%). 

 O segmento de duas rodas deve encerrar 2012 com retração de 12%, totalizando 1.707.754 unidades comercializadas (a projeção anterior para o segmento era de queda de 5,80%).

Confira, abaixo, o desempenho do setor em cada segmento:

Automóveis e Comerciais Leves: 
O volume de vendas de automóveis e comerciais leves somou 405.518 unidades em agosto, num crescimento de 15,40% se comparados aos 351.394 veículos comercializados em julho. Na comparação com agosto/2011 (307.780 unidades), os segmentos registraram 31,76% de crescimento. Já no acumulado de janeiro a agosto, houve crescimento de 6,97% entre este ano e 2011.

Caminhões e Ônibus: Os emplacamentos de caminhões apresentaram crescimento de 5,91% na comparação com julho. Foram licenciados 11.360 unidades em agosto, contra 10.726 caminhões no mês anterior. Na comparação com agosto de 2011, quando foram negociadas 16.438 unidades, o setor registrou retração de 30,89%. No acumulado do ano, o segmento apresentou retração de 20,17% contra igual período de 2011.

O segmento de ônibus também cresceu no mês de agosto. Foram emplacadas 3.223 unidades, contra 2.081 em julho (avanço de 54,88%). Na comparação com o mesmo período de 2011(3.142 unidades), o segmento registrou aumento de 2,58%. No acumulado, o segmento de ônibus registrou queda de 9,31% entre 2012 e 2011.

Os setores de caminhões e ônibus, juntos, apresentaram crescimento de 13,87%, no comparativo entre julho e agosto, e retração de 25,52% na comparação com agosto de 2012 e o mesmo período do ano passado. No acumulado, houve queda de 18,40% para os dois setores.

Motos: O segmento de duas rodas registrou aumento de 1,56% em agosto, no comparativo com julho. Foram emplacadas 140.641 unidades contra 138.485 motos. Em relação a agosto de 2011, este setor apresentou retração de 22,45% e, no acumulado, a queda chegou a 10,48%.

Implementos Rodoviários: Foram vendidas 4.792 unidades em agosto, contra 4.379 em julho, com crescimento de 9,43%. Em relação a agosto do ano passado, o segmento teve queda de 10,55% e, no acumulado do ano em relação ao ano passado, a retração foi de 13,66%.

Outros Veículos: Outros veículos, como carretinhas de transporte de motos, etc, também registraram aumento nas vendas, totalizando 8,74% em agosto. Foram comercializadas 9.452 unidades no oitavo mês do ano, contra 8.692 em julho.

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