Na semana anterior, a defasagem dos combustíveis estava maior por conta da passagem do furacão Isaac pela área produtora de petróleo do Golfo do México. O Isaac paralisou refinarias responsáveis por aproximadamente 40% da capacidade de refino de petróleo dos EUA, provocando aumentos nos preços dos combustíveis no mercado referência dos preços internacionais.
A gasolina estava 33% mais barata nas refinarias do Brasil na semana passada e o diesel estava com defasagem de 29% durante a passagem do furacão. O CBIE calcula semanalmente as diferenças entre os preços praticados no mercado doméstico e no internacional, levando em consideração os valores dos combustíveis nas refinarias do Golfo do México, utilizados como referência, e o câmbio.
Os preços dos combustíveis no mercado americano, por sua vez, flutuam de acordo com as cotações do petróleo. No Brasil, os preços se mantiveram inalterados no período porque não seguem a volatilidade internacional, de acordo com a política do governo, controlador da Petrobras.
Recentemente, o governo permitiu que a estatal aumentasse os preços do diesel duas vezes nas refinarias, em 3,9% e 6%, nos dias 25 de junho e 16 de julho, respectivamente. A gasolina teve os seus preços reajustados apenas uma vez, em 7,83% nas refinarias, em 25 de junho.
Perdas
A defasagem entre os preços internacionais e os domésticos é uma das causas das dificuldades financeiras da Petrobras, que reportou perdas de R$ 1,34 bilhão no segundo trimestre, o primeiro prejuízo trimestral da companhia em mais de 13 anos.
A estatal importa gasolina e diesel a valores mais altos para atender à demanda crescente do mercado nacional, mas revende os combustíveis a preços menores do que paga pelas importações.
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